terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Portifólio - fotos 2010

Cultura Cigana

Mirian Stanescon, a inspiradora rainha dos ciganos
Por Pili Aliano, especial para o Yahoo! Brasil - Fotos de Sérgio Moraes
A menina dos porquês e que precisaria de dois caixões ao morrer, um só para sua língua, como dizia sua mãe, chegou bem longe. A cigana Mirian Stanescon, que já inspirou personagem de novela, hoje comemora a conquista de um dia nacional para seu povo, uma cartilha com seus direitos e o pagamento de uma promessa: entregou nas mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma imagem da santa Sara Kali, a padroeira dos ciganos.
Nesse mesmo dia, sua presença em Brasília, na cerimônia de desincopatilização dos ministros, chamou a atenção por um aperto de mãos flagrado por fotógrafos com a ex-ministra-chefe da Casa Civil e candidata à Presidência pelo PT, Dilma Rousseff. A cigana vestia um traje típico bordado em dourado e com pequenas flores vermelhas, rompendo a sobriedade dos ternos e gravatas predominantes.
Não esquece o carinho com que foi recebida pelo presidente ao entregar a imagem que ela pintou. “Meu Deus, uma ciganinha de barraca recebida pelo poder máximo do nosso país, com maior respeito”, diz a cigana que viveu até os 12 anos em uma barraca na região de Nova Iguaçu.
Mirian, ou Rorarni (como os ciganos mais velhos a chamam), não quer falar sobre previsões políticas. Ela assume, no entanto, que vai lutar para Dilma ganhar. “Até por respeito ao presidente Lula, pela gamação que eu tenho pelo presidente. Eu tenho gratidão por essa mulher também. Foi ela quem assinou o decreto. Acha que eu vou trabalhar para quem?”, afirma, referindo-se ao decreto de 2006 que criou o Dia Nacional do Cigano (24 de maio), assinado por Lula e a então ministra-chefe da Casa Civil.
“É a primeira vez na história deste país que um governo para e ouve as reivindicações do povo cigano. Eu não tenho que ser apaixonada por este homem?”
RespeitoAs reivindicações têm rendido seus frutos, mas a língua afiada e destemida de Mirian não dá trégua. “Há 12 anos ninguém acreditava que este movimento daria certo” , disse este ano na festa do dia dos ciganos na Praça Garota de Ipanema, no Arpoador, na zona sul do Rio. E dispara: “Nunca gostei do termo tolerância. A gente não pode dizer que tolera homossexual, judeu ou cigano. A gente respeita, como Jesus respeitava.”
Assim, com a voz enrouquecida, iniciou seu discurso antes de começar as orações em romanês e abençoar os que estavam presentes, entre eles o ministro Eloy Ferreira, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir).
No dia 24 de cada mês, Mirian lidera uma corrente de oração pela paz mundial nesse mesmo lugar, chamado templo oficial da santa Sara Kali na América Latina, cuja imagem está em uma gruta natural. Advogada e integrante do Conselho Nacional da Seppir, Mirian diz que conhece muitos politicos, mas que não teve apadrinhamento nenhum. “Eu concorri com 119 instituições (para estar no conselho) e meu currículo e da fundação da qual eu sou presidente venceu e eu estou lá no conselho”, diz, referindo-se à Fundação Santa Sara Kali. “Não devo favor a nenhum político.”
Mirian reconhece que essa exposição tem um preço a ser pago, que nem sempre ela agradou nem agradará a todos, mesmo entre os ciganos, até por ser mulher. Em seu livro “Lila Romai” (Cartas Ciganas), ela diz que, durante toda sua vida, ouviu de seu povo que tinha muitas virtudes, mas que carregaria para sempre o “defeito” de ser mulher. “No entanto, jamais considerei o fato de ser mulher como defeito, não me calei e muito menos me isolei”, escreveu ela, que faz questão de dizer que foi a primeira mulher cigana a se formar em uma universidade no Brasil.
“Eu quero que fique nos anais da história que foi uma mulher cigana que fez as propostas [aprovadas em conferência de direitos humanos e igualdade racial], que foi para a tribuna, que deu a cara a tapa. E tem muita ciganinha para vir atrás. Eu quero ver centenas de doutoras, centenas de médicas”, diz.
Além de ter sido uma “menina dos porquês”, conta que era bisbilhoteira e era repreendida por querer se meter em brincadeiras de meninos. “Mas eu estava me preparando, sabe?” Hoje, aos 62 anos, diz que muitas vezes precisou ter atitude de “macho” para chegar onde chegou. “Minha vó me ensinou que um líder para ser líder tem que ter pulso forte, senão ele quebra os dedos e torce o pulso. Para liderar, tem a hora em que você tem que apertar, senão nego te aperta ou então ele vence.”
Sua próxima batalha, que acredita ser a última, é conseguir o direito à inviolabilidade das barracas dos ciganos, assim como são as residências dos “gajes” (não-ciganos). “A casa do cigano é a barraca, então é justo que, se a polícia vai entrar lá, tem que entrar com um mandado. Não dá para ver as atrocidades que a polícia faz com meu povo, de entrar sem mandado, de maltratar as mulheres.”
Não se sabe ao certo o número de ciganos que há no país, estima-se entre 800 mil e 1 milhão. Mas ela acredita que há muito mais, porque muitos ainda temem o preconceito e não assumem. “Nós tivemos um presidente cigano que morreu sem dizer que era cigano. E, no entanto, cansou de deitar no colinho da minha mãe em Nova Iguaçu”, lembra, referindo-se a Juscelino Kubitschek.
Muitos dos ciganos no país já estão sedentarizados, mas há ainda os que vivem como nômades. São sete clãs no país: Kalderash, Moldowaia, Sibiaia, Roraranê, Lovaria, Mathiwia e Kalê. No Norte do país, há alguns em situação “deprimente”, segundo Mirian, que é Kalderash.
Em sua caravana pelo Brasil ela já visitou 18 estados, levando a cartilha que elaborou, a qual acabou sendo gravada em CD com a voz de uma de suas filhas, pois muitos ciganos reclamavam que não tinham como ler por serem analfabetos.
Às sextas, cartomanteMas o mundo desta cigana não se limita à batalha contra o abandono e discriminação, há também um espaço para a magia. Ela diz que de segunda-feira a quinta é doutora, mas na sexta é cartomante. “Desfaço qualquer olho grande, qualquer magia, qualquer feitiço.”
Atende em casa, um amplo apartamento na zona sul do Rio, repleto de lembranças de seus ancestrais. Com orgulho, aponta para os brincos que aparecem em fotos nas orelhas de sua avó, sua mãe e agora repousam em um copo com água sobre a mesa onde lê as cartas. Quando vai ler a sorte eles têm que estar ali. Ela também oferece consultas online pelo seu site.
As cartas usadas por Mirian foram idealizadas por ela, como manda a tradição cigana, deixada de lado com o tempo. “Antigamente os ciganos desenhavam as lâminas para as ciganas lerem a sorte. Com essa história de comercializar os tarôs e as cartas, ficaram vagabundos. Vão lá e compram pronto.”
Com toda essa trajetória, as batalhas de Mirian não pararam por aí. Ela não gosta de falar sobre o assunto, mas traz no currículo uma liminar, que acabou sendo cassada, contra a TV Globo. A disputa foi por causa da personagem Dara de “Explode Coração” (1995-6), escrita por Glória Perez. A personagem Dara, inspirada em Mirian, representava uma jovem cigana que se orgulha de suas origens, mas se recusava a ficar presa às tradições, entre elas de manter a virgindade. Sentindo que aquilo era uma traição ao seu povo, a cigana Mirian entrou em ação.
“Como ia ficar? Iria parecer para meu povo que eu também os tinha ludibriado? Duas mulheres que ficaram de vigília na minha noite (de núpcias) haviam morrido, mas três estavam vivas. E aí, significa que eu fiz as três de palhaças?”, relembra ainda indignada.
Miriam acredita que essa tradição não mudou, que ainda é respeitada por seu povo. “A virgindade é uma coisa muito séria, porque até na própria magia há certas simpatias que só moça virgem pode fazer”, explica. “Limpar o santo, por exemplo. Só moça virgem pode fazer. Acha que alguém é besta de ser mulher e tocar a mão em santo?”





















Os filhos do vento
Um Pouco da Minha HistóriaMeu nome é Miriam Stanescon. Sou filha de Alberto Batuli e Lhuma Stanescon, que até 1998 foi a grande líder dos ciganos no Brasil. Meus antepassados são do Clã Kalderash, que viveram na Rússia no século XIX. Sou considerada por todos os ciganos do Brasil a sua líder. Sou a primeira mulher cigana a concluir um curso superior, bacharelando-se advogada. Foi na minha vida que Glória Peres se inspirou para produzir a novela “Explode Coração”, exibida pela Rede Globo. Meu maior orgulho foi lançar no mercado o livro “Cartas Ciganas”. Com ele qualquer pessoa pode se orientar na busca de respostas para suas dúvidas e no caminho a ser seguido.A Trajetória dos Ciganos pelo MundoA mim não importam os livros que consideram a Índia como o berço dos ciganos. Não que eu despreze os livros, ao contrário: sempre incentivei o hábito da leitura entre um povo cuja cultura é oral e não escrita. Quem não escreve, não costuma ter o hábito de ler e vice-versa. É através da leitura que tomamos conhecimento do mundo teórico ou científico, tão importante quanto o prático e o experimentalista. Um alquimista é um cientista e um aventureiro. Um cigano é um viajante e um alquímico. O que quero dizer com aquela primeira frase é que sempre ouvi histórias de meus antepassados egípcios, lendas daquela região, e, por isso, creio convictamente que o povo cigano a que pertenço veio do Egito, mesmo que esta afirmação possa ser polêmica e até vá contra todos os tratados enciclopedistas do mundo.“Atenção peço, senhores, para esta breve leitura: somos ciganas do Egito, lemos a sorte futura.” (João Cabral de Melo Neto, in Vida e Morte Severina)Muito da religiosidade egípcia ainda está presente nos costumes e tradições do meu povo. Para citar apenas dois exemplos, lembramos que os deuses egípcios do período pré-histórico tinham a forma batráquia ou de serpentes. Ambos geravam um ovo, colocado numa elevação que emergira do Caos, nascendo o mundo. Estes símbolos estão presentes, nesta obra, através das Cartas da Serpente, da Lua (com o sapo) e do Ovo do Nascimento. Segundo, os ritos dos mortos. Os egípcios foram um povo que cultuou seus mortos através de uma série de rituais, assim como os ciganos permanecem cultuando-os até hoje.Nenhuma outra civilização prestou aos mortos tanta reverência como os egípcios - outro elo de ligação que nos une às nossas raízes, nos fazendo acreditar que somos originários daquelas terras. Na última Carta – POLMANA – menciono, inclusive, as práticas que os ciganos efetuam pra libertar o espírito da matéria. A Cabala, a pirâmide, as cartas – símbolos egípcios por excelência – estão presentes em nossa magia, de grande poder.Não podemos lidar com a trajetória do povo cigano da mesma forma com que tratamos do percurso de outros povos, que possuem documentos e registros escritos. No nosso caso, precisamos lidar também com o imaginário (não confundir com invencionice), que abrange lendas, fábulas, mitos, representativos simbólicos de fatos narrados e transmitidos por nossos ancestrais. Já que nossa cultura é oral, não tendo até hoje nada sido escrito por um autêntico cigano, darei minha visão pessoal, baseada em tudo o que ouvi do âmago do meu povo, inclusive divulgando histórias do meu universo cigano, sabendo que para uns será mera ficção e para outros a realidade.Após milênios de escravização egípcia, o meu povo, através de uma diáspora, seguiu pelo mundo levando a sabedoria de nossos antigos ancestrais. Na separação e divisão em sete dás, foi firmado um pacto, em que se estabelecia manter, a todo e qualquer custo, nossas tradições, costumes e idioma; e um juramento, de que jamais permaneceríamos escravos de qualquer dogma, doutrina ou religião.Acreditamos que cada um de nós tem o são de Deus na palma das mãos. Um código de barra pessoal e intransferível, a tal ponto dele não ser transmitido nem por herança genética. Haja vista que nenhum ser humano possui a mesma impressão digital, prova direta de que Deus marca como filho único todos os seus filhos.E assim fomos pelo mundo, transmitindo o que tínhamos de melhor - a cura pelas ervas, pelas cores, as artes divinatórias, a nossa alegria e, acima de tudo, a magia de nossa música e o encanto de nossas danças. Por motivos de perseguição, muitas vezes fomos obrigados a camuflar nossas origens. Na Espanha, por exemplo, no tempo da Pragmática, decreto assinado por Carlos II, fomos proibidos expressamente de usar nossa língua, nossos costumes e obrigados a escolher sobrenomes de conveniência, cristãos, para sobrevivermos. Ocorre que, à medida que íamos conhecendo o exemplo de Amor e de União que o Grande Mestre Jesus Cristo pregava, incorporávamos Suas idéias e Seus ensinamentos, sem que com isso, perdêssemos a nossa essência. Não acreditamos que para se falar com Deus sejam necessários lugares específicos, pois falamos com Ele debaixo de uma árvore, dentro de nossas barracas, na margem de um rio, na beira do mar, no topo de uma montanha ou em qualquer outro local. Basta que, para isto, estejamos em paz com nossa consciência, no verdadeiro despertar de nosso Deus interior (Carta 11Ô Romanô).No Brasil, os ciganos chegaram com outros tantos "degredados" da Metrópole, em 1574. O primeiro de que temos notícias foi João Torres, condenado pela Inquisição. Só a partir do século XIX, 1808, os ciganos vieram autonomamente acompanhando o séqüito de D. João VI. Apesar dos historiadores afirmarem que no Brasil os ciganos se dividiram em dois grandes grupos, Kalom e Rom, necessário se torna esclarecer que ROM é todo cigano pertencente a qualquer clã. Como a própria tradução da palavra diz: ROM – cigano. Eis a confusão generalizada.Sabemos que nosso povo é dividido em sete dás (veja explicação na Carta Surgimento do Cigano). O meu é o dos KALDERASH. Minha família chegou ao Brasil no século passado, representada pelo meu tataravô KAKU YORGULO. E junto com ele, várias outras famílias ciganas. Anos depois, chegava também a este hospitaleiro país meus avós NICOLAS MICHAEL STANESCON e YORDANA STANESCON. Quando o mundo assistiu atônito à eclosão da Segunda Guerra Mundial, meus avós financiaram a vinda de vários ciganos ultrajados e perseguidos pelo nazismo na Alemanha, formando daí um grande acampamento no Rio de Janeiro e fixando na Baixada Fluminense o maior núcleo cigano deste país. Por tudo isto, NICOLAS MICHAEL e YORDANA STANESCON foram considerados os maiores líderes ciganos que o Brasil já conheceu. Com eles, aprendi que o verdadeiro líder nasceu para servir seu povo e não para ser servido por ele. Hoje, esta liderança é exercida por minha mãe, LHUBA STANESCON, que, como meus avós, luta pelo respeito, dignidade e, principalmente, pela união do nosso povo, mantendo vivas as tradições e costumes de nossa gente, estabelecendo entre os mais jovens o orgulho de ser cigano.Seguindo os passos de meus ancestrais, continuo e continuarei lutando. Em nome do meu povo. E dos meus ideais.

Os 7 Mandamentos da Cartomante1. Fazer das Cartas não somente um oráculo, mas um meio de ajudar próximo.2. Manter a fé e a esperança no coração de seu consulente.3. Respeitar todas as crenças e religiões, porque todos os caminhos levam a Deus.4. Não fazer de suas Cartas instrumento de brincadeira, muito menos emprestá-las a alguém.5. Não se importar com quanto tempo levará a consulta, mas importar-se, sim, em deixar o consulente sair com a alma e a esperança resgatadas.6. Mostrar ao consulente os caminhos indicados pelas Cartas, mas deixar que ele faça a sua própria escolha.7. Ter a humildade de agradecer aos dons divinos, conscientes de que somos apenas instrumento. Sejamos, então, um instrumento de paz.Ser cigano- Ser cigano é respeitar a liberdade, a natureza e, acima de tudo, a vida.- É viver e deixar viver- É ter a lucidez de saber esperar- É não esgotar todos os recursos- É preferir morrer com honra a viver desonrado- É ter como lema ser feliz- É agradecer as pequeninas coisas da vida- É dignificar seus velhos- É glorificar suas crianças- É respeitar os povos e as coisas que desconhece- É nunca contestar a Justiça Divina- É acima de tudo amar e respeitar Deus e Seu Filho Jesus Cristo, nosso grande - Mensageiro

As 7 Filosofias Ciganas1. FELICIDADE: Um campo aberto, um luar, um violão, uma fogueira, o canto do sabiá e a magia de uma cigana. Somos os verdadeiros boêmios da vida.2. ORGULHOÉ saber que nunca participamos de guerras, que nunca nos armamos para matar nossos semelhantes. Somos os menestréis da paz.3. AMORAmar é vivermos em comunidade, é repartir nosso pão, nossas alegrias e até mesmo nossas aflições.4. LEALDADEÉ não abandonar nossos irmãos quando mais precisam. É nunca negar o ombro amigo, a mão forte e o incentivo à vida.5. RIQUEZAÉ termos o suficiente para seguirmos pela estrada da vida.6. NOBREZAÉ fazermos de cada humilhação um incentivo ao perdão.7. HUMILDADENão importar-se em ser súdito ou nobre, importar-se apenas em saber servir.
ORAÇÃO OU PEDIDO A DEUSFaça Deus que eu seja forte, rico e tenha saúde.Faça Deus que eu saia em paz em todos os meus empreendimentos.Faça Deus que eu seja inteligente.Faça Deus que tudo corra bem em minha vida.Faça Deus que eu saiba perdoar.Perdoa-me Deus todos os meus erros.Que Deus me abençoe e me cuide.Beijo teu coração meu Senhor.Deus abençoe todos os ciganos e não-ciganos do mundo.


SARA KALI - A Cigana escrava que venceu os mares com sua fé e virou santa
Conta a lenda que Maria Madalena, Maria Jacobé, Maria Salomé, José de Arimatéia e Trofino, junto com Sara, uma cigana escrava, foram atirados ao mar, numa barca sem remos e sem provisões.
Desesperadas, as três Marias puseram-se a orar e a chorar. Então Sara retirou o diklô (lenço) da cabeça, chamou por Kristesko (Jesus Cristo) e prometeu que se todos se salvassem ela seria escrava de Jesus e jamais andaria com a cabeça descoberta em sinal de respeito. Milagrosamente, a barca sem rumo e à mercê de todas as intempéries atravessou o oceano e aportou com todos salvos em Petit-Rhône, hoje a tão querida Saintes-Maries-de-La-Mer. Sara cumpriu a promessa até o final dos seus dias. Sua história e milagres a fizeram Padroeira Universal do Povo Cigano, sendo festejada todos os anos nos dias 24 e 25 de maio.Segundo o livro oráculo (único escrito por uma verdadeira cigana) "Lilá Romai: Cartas Ciganas", escrito por Mirian Stanescon-Rorarni, princesa do clã Kalderash, deve ter nascido deste gesto de Sara Kali a tradição de toda mulher cigana casada usar lenço, que é a peça mais importante do seu vestuário. A prova disso é que quando se quer oferecer o mais belo presente a uma cigana se diz: "Dalto chucar diklô" (Te darei um bonito lenço).Além de trazer saúde e prosperidade, Sara Kali é cultuada também pelas ciganas por ajudá-las diante da dificuldade de engravidar. Muitas que não conseguiam ter filhos faziam promessas a ela, no sentido de que se concebessem uma criança iriam à cripta da Santa, em Saintes-Maries-de-La-Mer, no Sul da França, fariam uma noite de vigília e depositariam aos pés da Santa Sara um Diklô (lenço) como oferenda. O mais bonito que encontrassem. E lá existem centenas de lenços, como prova de que muitas ciganas receberam esta graça.Para as mulheres ciganas, o milagre mais importante da vida é o da fertilidade, porque não concebem suas vidas sem filhos. Quanto mais filhos a mulher cigana tiver, mais dotada de sorte ela é considerada pelo seu povo. A pior praga para uma cigana é alguém desejar que ela não tenha filhos e a maior ofensa é chamá-la de Dy Chucô (ventre seco). Talvez seja este o motivo das mulheres ciganas terem desenvolvido a arte de simpatias e garrafadas milagrosas para fertilidade. Vários ditados ciganos fazem alusão à benção de gerar filhos:"E JULI QUE NAILA CHAVÊ THI SPORIL E VITZA"(A mulher que não tem filho passa pela vida e não vive);"MAI FALIL EK CHAU ANO DY, DIKÊ EK GUNÔ PERDO GALBENTÇA"(Mais vale um filho no ventre do que um baú cheio de moedas de ouro);"NAI LOVÊ ANÊ LUMIA THIE POTINÁS EK CHAU"(Não existe dinheiro no mundo que pague um filho).Dentro da comunidade cigana, o casal impossibilitado de ter filhos, embora se amando, é forçado a se separar, porque o amor que se tem pela perpetuação da raça supera ou abafa qualquer outro sentimento.A família para o povo cigano é o seu maior patrimônio.
ORAÇÃO A SANTA SARA KALITU QUE ÉS A ÚNICA SANTA CIGANA DO MUNDOTU QUE SOFRESTES TODAS AS FORMAS DE HUMILHAÇÃO E PRECONCEITOSTU QUE FOSTES AMENDRONTADA E JOGADA AO MAR,PARA QUE MORRESSES DE SEDE E DE FOMETU SABES O QUE É O MEDO, A FOME, A MAGOA É A DOR NO CORAÇÃONÃO PERMITAS QUE MEUS INIMIGOS ZOMBEM DEMIM OU ME MALTRATEMQUE TU SEJAS MINHA ADVOGADA PERANTE A DEUSQUE TU ME CONCEDAS SORTE, SAÚDEE QUE ABENÇOE A MINHA VIDAAMÉM



"
Ver é transpor as barreiras da carne".Hatiss, o cigano.

Os ciganos têm um milênio de história, porém, há registros de que este povo exista há mais de quatro mil anos. Heródoto, historiador grego (484-420 a.C.), falava dos ciganos e os colocava como habitando as margens do rio Danúbio."Eles se movem como o sol e a lua. São nômades. Ou, antes, são como as ondas, estão em toda a parte. Chegam e partem rápido. Parecem o vento. Num momento estão aqui, no outro, sumiram. Numa lufada, deixam traços indeléveis de sua passagem no eco de sua música, no relinchar de seus cavalos, no sorriso alegre de suas mulheres. Não, não são o vento, são os filhos do vento!"O texto acima faz parte de um poema escrito na Pérsia, 200 a 400 anos antes de Cristo. Um povo é chamado de "filhos do vento" e a ele se refere o autor anônimo como "o povo que veio do rio", numa alusão ao rio Sind, no norte da Índia, na região de Gujarat.O certo, porém, é que a pátria do cigano é a sua língua, o romani, e seu continente a extensão da memória dos ancestrais. A história dos ciganos é repassada pela oralidade. A arte de contar história e fabular é valorizada e, muitas vezes, a narrativa assume uma versão fictícia. A origem dos ciganos, provávelmente a Índia, não é um elemento de preocupação para "los gitanos", para eles o ir e o vir é a possibilidade do encontro e não importa de onde e para onde.Tradicionalmente, os ciganos levam vida nômade, deslocando-se em grupos de tamanhos diversos, compostos por um conjunto de núcleos familiares mais ou menos extensos, sob a liderança de um chefe vitalício escolhido.A maioria dos ciganos, até poucas décadas atrás, ainda formava caravanas puxadas por cavalos; abrigavam-se em tendas, pedreiras e minas. Em fogueiras ao ar livre, cozinhavam seus frangos, ovos e vegetais. Viviam principalmente da criação e comércio de cavalos, do artesanato em metal, vime e madeira, e das artes divinatórias, como cartomancia e quiromancia. A música dos ciganos, executada em público apenas pelos homens, permanece muito popular e é uma atividade rendosa na Europa Central. As adivinhações têm terminologia própria e algumas vezes utilizam as cartas como acessórios. Através dos ciganos, o baralho (Tarot) foi difundido na Europa, chegando depois ao Brasil.Na família, o membro central é a mãe, que exerce autoridade sobre os filhos e é dona do patrimônio. O mesmo sistema se aplica à tribo que tem uma mãe tribal, a "puri dai", guardiã do código moral. Os infratores são julgados por um júri de "condes". E, nos casos mais graves, a pena é o banimento da tribo. No entanto, alguns estudos dão nuances diferentes da organização social dos ciganos, possivelmente em razão da diversidade dos grupos estudados.Os ciganos Calons nômades que migraram para o Brasil entre os séculos XVI e XVII, vieram principalmente da Península Ibérica - região compreendida entre a Espanha, Portugal e França. Por serem provenientes de regiões mais quentes da Europa, possuem características diferenciadas dos demais sub-grupos (Kalderasch, Matchuaia, Hoharane, etc), possuindo danças mais calorosas, dialeto diferenciado, roupas vaporosas, comida picante e atividades comerciais diversas. Além disso, diferenciam-se ainda no aspecto físico, possuindo tez com tonalidade mais morena e alguns traços indianos, daí o nome do grupo, Calon = moreno.Segundo um texto extraído do livro "Lilá Romaí", de Míriam Stanescon, o simbolismo da roda na vida do cigano, representa o eterno movimento, a deusa da sorte. Por isso, os ciganos agarram todas as oportunidades que a vida oferece. O cigano preserva muito a sorte e acreditam que só chega ao topo da roda da sorte, aquele que persevera, e acima de tudo, o que agradece e cuida da sorte que Deus lhe deu. Para os ciganos, a roda possibilita a locomoção que realiza e propicia o sonho das viagens.Uma linda mensagem da cigana Sarita, recebida por Kamai, retrata a alma, a vida e o sentimento de liberdade dos filhos do vento: "Durante toda a caminhada, mantivemo-nos vigilantes de nossos filhos. Dentre ao que nos é permitido, zelamos, defendemos, acolhemos, aconselhamos, ralhamos, acarinhamos e ensinamos. Alguns acompanharam nossas caravanas por prados, florestas, montanhas, lamaçais, durante a ventania, o sol escaldante dos desertos, a chuva e o bom tempo. Outros se cansaram, sentaram na beira do caminho até o último de nós passar, e retornaram à áspera caminhada a nos seguir".E segue a mensagem: "A estrada da vida é árdua, as pedras do caminho machucam os pés e o turbilhão de emoções maculam o coração e, às vezes, deixam cicatrizes profundas na alma. Mas, por favor, filhos, não percam a fé, nem desistam da caminhada. Quem compartilha de nossa energia é forte como as rochas, ardente como o fogo, suave como a brisa e transparente como a água. Sejam livres como os pássaros que voam, mesmo que em seus pensamentos! Tenham a beleza e a sutileza da flor que desabrocha e perfuma. Não desistam do caminho a ser trilhado, para que nunca se afastem da nossa caravana. O tempo não existe e amanhã os pandeiros chocalharão, fitas coloridas se agitarão e, então, veremos a dança da vida e se fará festa. E nós, aqui, estaremos de braços abertos para recebê-los em espirais de amor! Que Deus olhe por todos nós!"Conforme registra Luna (lunacigana.blogspot.com), "o horror do holocausto jamais será esquecido pelo povo cigano, quando mais de um milhão de ciganos, descendentes e pessoas relacionadas diretamente a eles, foram exterminados nos campos de concentração durante a segunda guerra mundial. Determinados a promover uma limpeza étnica, os nazistas decidiram que os ciganos deveriam ser eliminados para que não se misturassem com a raça pura alemã. Muitos ciganos foram assassinados nas florestas, tentando fugir ou se esconder. O sadismo da perseguição étnica recomendava matar os adultos diante das crianças para que elas pudessem entender que suas vidas eram "inúteis" e "nocivas" ao resto".Contudo, apesar de históricas perseguições, a alma cigana, ao superar preconceitos, permanece como um exemplar hino de liberdade a desafiar coloridos horizontes de vida...
Alma cigana, liberta-tedos grilhões das conveniênciase alça vôo pelo espaço afora...Vai onde te leva teu sonho de liberdade...Vai... segue o vento...Sobe no mais alto dos cumese ali te deixa ficar,mas apenas por um momento.O suficiente para absorvera sensação de plenitude e de paz...Depois, continua a tua jornada,livrepelos mares, pelos ares,pelo mundo...Pára um momentoe ouve a músicasuave, mas vibrante, emanada de mil violinos...Deixa-te envolver pelos acordese dança...leve...solta...Deixa-te arrebatar num frenesi,como se as notas fossem o próprio amortomando conta de ti.Entrega-tesem medo...sem reserva...sem culpa...até a exaustão completa.E na calada da noite, serena e feliz,chega-te sorrateirae te deita ao lado de teu amadoe adormece o sono dos inocentes.E quando os raios de solvierem te aquecer,desperta e segue:livre!Plena!Absoluta!
"Alma cigana", autoria desconhecida.Em homenagem ao 24 de maio, Dia Nacional do Povo Cigano.Psicanalista Clínico e Interdimensional.www.flaviobastos.comOk


Estudos Ciganos
Luis Alberto Pimenta

OS CIGANOS E A ATLÂNTIDA : Embora tenham passado por quase todas as partes do mundo (afinal são considerados o Povo da Estrada), não se sabe, ao certo, sobre uma passagem efetiva dos Ciganos pela Atlântida, mas há uma relação sim, mesmo que indireta. Alguns Sábios do Antigo Continente, prevendo que a tragédia estava próxima, partiram em busca de novas terra, onde pudessem transmitir seus ensinamentos. E muitos foram para o Egito, passando aos Sacerdotes de lá toda a bagagem mística acumulada no Continente Perdido. Por sua vez, os Sacerdotes Egípcios, sempre cuidadosos com os ensinamentos secretos daquele povo, trataram de ensinar esses mistérios somente aos seus discípulos, receosos de que caíssem em mãos inescrupulosas, tendo assim usos errados. Para reforçar essa providência, gravaram esses ensinamentos em lâminas de metal, estando, assim criado o Tarot. De passagem pelo Egito, os Ciganos tiveram contato com essas lâminas, porém, como precisavam de um oráculo mais adaptado ao seu cotidiano nas estradas, ou seja, um oráculo capaz de fazê-los entender o passado, presente e futuro, criaram assim o Tarot Iniciático ou Cigano, repleto de símbolos ligados à magia do Povo do Oriente, linha espiritual que os guia e protege.

O PUNHAL NOS RITUAIS CIGANOS: Acredita-se que os punhais tenham o poder de eliminar de forma efetiva tudo aquilo que precisa ser eliminado ou cortado (negatividades, feitiços), tendo , também, um papel purificador, além de simbolizar a força e o poder.

OS 'BANHOS DE PURIFICAÇÃO" DENTRO DA MAGIA CIGANA: "Os chamados "banhos de purificação" são banhos feitos na Lua Cheia, é que de preferência se usa uma garrafa de água mineral sem gás para fazê-lo. Para quem é de Áries, por exemplo deve colocar nessa água 7 gotas de essência de Madeira do Oriente, ligada nesse caso a Áries. Escolha o melhor dia e jogue essa água do pescoço para baixo.

ENERGIZANDO A CASA COM A AJUDA DOS ESPÍRITOS CIGANOS: Às vezes nossa casa tem até uma boa energia, só que está negativamente carregada por circunstâncias momentâneas, portanto, vamos falar em termos de limpeza. Para quem é do Signo de Virgem, por exemplo, deve fazer um braseiro com canela em pó, folha-de-louro e açúcar cristal e passe por toda a casa, começando de dentro para fora.

Cigana, Uma Linda Princesa Esta Página Conterá uma Linda História, Onde Vocês Saberão quem É a Verdadeira Cigana. Espero que Entendam esta História e que Possam Sentir o Quanto é Maravilhoso Ter um Espírito de Luz e Deus ao Nosso Lado!

Os ciganos são misteriosos, são como uma porta aberta para o além do que podemos ver com nossos olhos físicos. Talvez pelo fato de serem movidos pela eterna busca da liberdade. Movidos por esta busca que é renovada a cada respiro, a cada sopro de vida, e assim, desta forma os ciganos caminham pelas estradas buscando um rumo certo: a " busca da eterna liberdade do viver ". Porque os ciganos são e vão.

Há muito tempo, em uma comunidade cigana haviam um Rei e uma Rainha, onde a riqueza de seus corações eram maiores que a riqueza material. Amaram-se como nunca houve igual e com tal amor Deus mandou uma criança. Os ciganos preferem filhos homens para continuarem seus nomes, mas Deus resolveu mandar uma " Fada ", uma linda menina que encantou desde o primeiro momento. Uma " Princesa Cigana ".
" Ciganinha ", a quem todos os segredos e mistérios de como " descobrir os caminhos da verdade " foi transmitido por sua mãe. A Rainha Cigana, ensinou previsões, leitura das linhas das mãos, leitura das cartas e a forma mais correta de usar o amor que é o maior dom de Deus. Entre os ciganos estes ensinamentos são processos naturais e intuitivos que é passado de mãe para filha. Mas com esta " Ciganinha " foi especial.
A seu pai competiu ensinar a " verdadeira maneira do viver ". O Rei Cigano ensinou que viver é fazer o presente de futuro, de forma que, tudo que se faz no presente haverá recompensa ou não para o futuro. Sentados em um tronco de árvore, próximo de sua tenda, o Rei Cigano disse-lhe: " - Minha Princesinha , lembre-se, o futuro é espelho do presente. Temos rumos traçados que nunca poderão ser mudados, mas podemos alterá-los, diante do livre arbítrio dado por Deus, única força cósmica e universal. ", afagou seus cabelos negros e continuou... " - Filha, somos um povo diferente, aprenda usar esta diferença e tenha sempre amor em tua alma e em teu coração. Olhai sempre para frente e nunca para trás, porque o passado não move nada. Aprenda a buscar em ti a tua melhor parte, tua parte guerreira porque na hora certa tu saberás fazer a justiça. Mas filha, tua justiça será julgada por Deus, então cuidado ao julgamento da justiça, pois sem Ele não somos nada. "
E assim " Ciganinha " foi aprendendo, mas se nada fosse ensinado tudo Ela saberia, pois Deus a fez abençoada.
Um dia durante ao cair da noite, Anjos e Estrelas, enviados por Deus, desceram do céu para buscar a " Princesa Cigana " e a levaram em seus braços. Muitos ciganos choraram. Mas assim estava escrito pela mão de Deus no destino de " Ciganinha ". Sua partida do acampamento teve o perfume das flores e o sabor das frutas. Houve paz no coração de cada cigano, todas as flores em botões se abriram e aos pés de cada cigano caiu uma estrela. E este foi o sinal de Deus para mostrar que " Princesa Cigana " estaria sempre viva.
Hoje, " Princesa Cigana " uma Alma de Luz, caminha por todas as estradas e está em todos os cantos desse mundo seguindo apenas uma religião: a que resume Deus, Amor, Respeito e Liberdade. É livre como um pássaro, que bate asas e voa para onde bem quer, livre como uma folha que o vento leva. Caminha sob o sol, a chuva, a lua e as estrelas com um jeito tão faceiro de menina-moça e ao mesmo tempo com a beleza de uma linda e sensual mulher. Formosa com suas vestes. Sua saia possui rosas e flores bordadas com fios de prata e ouro, digna da " Princesa Cigana " que é. Formosa com suas jóias: pulseiras, anéis, colares e brincos de ouro de prata. Andar formoso e firme marcado pelo seu tamanco de ouro. Seu negro e longo cabelo é penteado pelo vento e limpo pela chuva tornando-o tão brilhante e belo quanto ao céu estrelado. " Princesa Cigana " vive sempre em festa, adora música e dançar. Quando dança em volta da fogueira ao som da música cigana, move suas mãos e seu corpo de maneira misteriosa, simples e sensual hipnotizando e transmitindo emoções aos olhos e o coração de quem Ela deseja, mas somente de quem Ela deseja. Roda suas setes saias a volta da fogueira que ilumina parte de suas pernas mostrando um pouco de seu mistério carnal. Enquanto dança seus cabelos longos seguem seu ritmo, seu sorriso largo mostra o quanto é feliz, pois a vida para ela é uma festa! E sendo a vida uma festa, ela adora brincar. Brinca com o coração de quem ela deseja de maneira bonita. " Princesa Cigana " marca sua presença, fica por um tempo e depois vai embora ao seu destino: as estradas, para buscar sua eterna liberdade. " Princesa Cigana ", que anda e cavalga pelas estradas sem fim com o vento em seu rosto e em seus cabelos, possui uma morada. Mora em uma choupana confortável como um afago, como o abraço do verdadeiro amor. Prata, ouro e pedras preciosas lá tem, mas a mais valiosa e preciosa de todas as pedras é Ela mesma. Aprecia a vida de uma forma que muitos não sabem fazer, crê que o melhor momento é aquele que se está vivendo e faz de tudo para vivê-lo. Segue quem a segue pelas estradas acolhendo-os em seu coração, e, infelizmente aqueles que não conseguem segui-la talvez por medo, insegurança ou descrença, Ela, a eles responde apenas com sorriso deixando-os para trás porque o importante é ir em frente com força e fé naquilo que Deus e Ela proverão. Pois quem Nela não crê, não é nada para Ela, não existe. É apenas mais um ser nessa terra fria e que nunca terá o prazer de encontrar a felicidade através Dela. Mas felizes aqueles que conseguem vê-la, senti-la e principalmente amá-la. Com eles estará sempre presente trazendo paz, força, dignidade e felicidade. " Princesa Cigana ", não dá explicação nem aceita interrogação porque aqueles com quem Ela anda nunca poderão duvidar de sua proteção, de seu amparo e de seu amor. Nunca! Ela sabe que as estradas possuem pedras, as rosas possuem espinhos, a vida é uma luta, mas todos com quem Ela caminha nunca se machucarão de todo; poderão tropeçar e cair, poderão ferir no espinho de uma rosa ou até mesmo perder uma batalha, mas nunca uma guerra! Ela estará lá para amparar um tombo, curar um ferida e dar força para continuar a guerra. Basta amar e crer, pois assim como Deus prova seus filhos Ela também prova os seus para saber se realmente são merecedores do seu amor, do seu amparo e da sua proteção. Pois quem com Ela anda nunca estará só.
" Princesa Cigana ", Alma de Luz, de Força e de Amor que vive nessa terra fria, que anda pela estradas, cachoeiras, pela beira do mar sagrado, que possui força, beleza e amor. Tu és o tudo, para quem te ama, és o nada para quem não te ama, pois teu lema é ir em frente, seguir cada estrada, cada caminho, e nunca olhar para trás, pois o que passou, passou.
O melhor sempre há de vir, trazido por Ela e por Deus a quem neles acreditam.

Senhor Meu Deus, Obrigado Pela Minha Mente, Pelo Meu Corpo E Pela Minha Alma, Obrigada Por Ter Permitido Que " Ciganinha " Cruzasse O Meu Caminho.
Permita Senhor, Que Eu Na Minha Ignorância, Nunca Faça Nada Que A Desagrade. Faça-me Senhor Merecedora Dela E De Ti.
Cigana, Quem De Ti Precisar, Que Você Possa Sempre Estar Fazendo Tudo Que Você Pode Fazer.

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Membros do Grupo Amor Gitano

Em 2010:
1. RENATA SAGGIORO SILVA
2. CLAUDIA DE DONATO
3. CLAUDIA NARDINI RATTO
4. CUENTILHA APARECIDA SAGGIORO
5. DEUZA MARIA DOS SANTOS
6. DULCILENE PEREIRA FABEL
7. ELIANE APARECIDA FERREIRA
8. * GIOVANNA BRUNA SAGGIORO BALERINI
9. GLAUCIA ZULEICA DIAS MESQUITA
10. * GUSTAVO GABRIEL DIAS MESQUITA
11. ILCA NEVES DE CARVALHO
13. * LEOPOLDO GUILHERME DIAS MESQUITA
14. * LUCAS HENRIQUE GASPAR RODRIGUES
15. LUCIANA DE DONATO
16. MARGARETE GRANDOLPHO MOREIRA
17. MARIA DE LOURDES PEREIRA PIVETA
18. MARIA JOSÉ SOTO
19. ORLEIDE NEVES CORREIA
20. ROSÂNGELA ASSUMPÇÃO CABELLO
21. ROSEMARY JANUÁRIO BRAGA
22. SIMONE DA CONCEIÇÃO
23. SÔNIA SANTOS SILVA
24. SUELI KLESSE SOUZA
25. THAIS FELIPPINI RODRIGUES
26. * THAYNÁ GABRIELLE SILVA DOS SANTOS
27. VANDA ROSA DE MELO
28. MÁRCIA REGINA STUFF COELHO.

* ALUNOS MENORES DE 18 ANOS.

Aulas de Dança e Cultura Cigana

As aulas sobre cultura e dança cigana acontecem todas as segundas-feiras, das 19:30 às 21:30h, na Escola Municipal Doutor José Ferraz de Magalhães Castro, localizada à Rua Dr. José Ferraz de M. Castro, 155 - Jd. Independência (Vila Rosa) - São Bernardo do Campo - SP - Brasil.
Coordenação: Professora Renata Saggioro Sila - Dançarina DRT 26.650/SP.